Sojo: O jornalista que faz tudo
Por: André de Atayde Alves
Mochila às costas, portátil e câmara de filmar. Filipe Araújo é um solo journalist português, ou seja, um sojo. Está actualmente em Madrid e passa os dias atrás de histórias.
Capaz de captar imagens (vídeo e fotografia) e de as editar, escrever e mandar o resultado final para a redacção do jornal, Filipe é aos 30 anos o exemplo da atitude de convergência essencial para o sucesso do jornalista moderno.
«Um dia pediram-me para fazer uma reportagem sobre o teledisco dos Anjos. Então levei uma câmara de filmar e uma máquina fotográfica. Depois escrevi.» Foi o primeiro contacto que Filipe teve com os novos conteúdos multimédia do jornalismo. Desde então, nunca mais parou.
«Eu acredito que os jornalistas têm cada vez mais de trabalhar em todos os formatos. É o futuro». E é o futuro de Filipe que está em causa, é o seu curso de cinema em Madrid que está em causa. Então, há que trabalhar cada vez mais. Vídeos, fotogalerias, podcasts. Tudo é possível nesta nova geração cibernética.
A liberdade é grande para um freelancer: «Não me imagino a trabalhar numa redacção», dispara sem qualquer dúvida. Imagina-se, sim, a «viajar e a procurar novas histórias e com elas fazer novas reportagens».FONTE: Jornal Virtual
Este é sem dúvida o futuro do jornalismo, não apenas para correspondentes mas para todos aqueles que serão jornalistas. Trabalhar para todos os meios, em todas as plataformas, dominar todas as tecnologias sobretudo as portáteis é uma característica que cada vez mais se torna um imperativo.
O jornalismo é sem dúvida uma profissão cada vez mais exigente e competitiva. A era digital veio trazer a esta profissão uma mudança radical na sua elaboração e nas funções dos próprios jornalistas. Cada vez mais sou da opinião que um jornalista deve ser uma espécie de Mac Gyver , um só homem que munido de equipamento adequado e ligaçao á internet consegue filmar, ridigir e editar uma notícia. Estes atributos hoje em dia são essenciais para se entrar neste meio e desenganem-se os inocentes que ainda pensam que ser jornalista é simplesmente estar atrás de uma secretário em que o mais importante é saber redigir, pois até as empresas comunicacionais hoje em dia dispensam claramente esse tipo de jornalista dando preferência á contrataçao de um licenciado em jornalismo com conhecimentos variados na área. Só é pena o nosso ensino em muitas faculdades, como tenho observado não tenha sido adequado a este tipo de padrão qualitativo,e só vos posso dar uma certeza, a aprendizagem que tenho vindo a acumular no meu curso como em áreas de edição, redacção e realização de filmagens são de facto uma mais valia.
Aprecio o conceito de jornalista apresentado, já tentei ser isso tudo, sem sucesso. À mais de um década assisti num congresso, a várias comunicações indicando de seria esse o destino do jornalismo. O jornalista multimédia. Incrivelmente nada disso aconteceu.
Tenho mesmo de começar por dizer que um bom jornalista, multimédia ou não, tem de por força dominar a sua língua materna. Essencialmente, porque essa é a sua primeira grande ferramenta de trabalho e dela dependerá toda a estrutura do seu pensamento. Há uma década atrás o conceito de multimédia associado ao jornalismo virou moda porque a tendência para a integração das ferramentas multimédia estava a um pequeno passo da evidência. Na realidade, essa imposição sobrou para toda a humanidade e para todas as áreas de trabalho. Parece um percurso mais ou menos óbvio dado que o jornalista é o homem das letras que assina os diversos formatos oferecidos pelos sistemas de comunicação. A introdução do conceito na imprensa nacional suscitou variadíssimas discussões que ajudaram a formar o conceito e a avisar os mais resistentes. São cada vez mais as ferramentas e os desafios que se apresentam ao homem moderno e o jornalista tem por obrigação ser pioneiro da exploração.
Existe tese dedicada ao Jornalista Multimédia e Produtores de Conteúdos para Televisão publicada na Universidade Fernando Pessoa.
Boa noite.
É engraçado recordar o meu primeiro contacto com um jornalista sojo e logo um como o Araújo. Desde a minha ida a Madrid que cimentei a ideia de um dia vir a ser um sojo, como o exemplo que tinha à minha frente. Não sei se é o futuro, mas sei que é uma plataforma jornalística ainda pouco desenvolvida…e como tal, resolvi apostar nela e por enquanto tenho tido “algumas coisas que fazer”. Seja sorte, trabalho, estando mais ou menos bem feito, orgulho-me de com 6 meses de licenciatura completa, ter feito uma reportagem para o Expresso Online e alguns outros videos na área do trabalho social e teatral. Pegando nas palavras da Gilda, considero-me um homem moderno, naturalmente explorador.
Se quiserem ver a minha reportagem, vao ao site do expresso e escrevam “Com os pés no chão e a cabeça nas alturas”.
Um bem haja a todos.